domingo, 29 de julho de 2012

Table Mountain – Platteklip Gorge

Hoje amanheceu um dia lindo, sem nenhuma nuvem no céu. Não tivemos dúvida, ligamos para o nosso guia Paul e por sorte, ele estava disponível. Nos arrumamos rapidamente, pegamos o trem e seguimos para a cidade.
Dentre as várias trilhas para chegar ao topo da Table Mountain, escolhemos uma chamada Platteklip Gorge. Outras trilhas são cobertas por vegetação e no inverno e com as constantes chuvas, elas se tornam muito frias e úmidas. Apesar de ser um pouco mais curta, essa trilha é a mais íngreme de todas, com degraus de pedras enormes e é considerada de alta dificuldade. Para subir levamos aproximadamente 03 horas e apenas metade do tempo para descer.
Em meia hora de caminhada comecei a me sentir muito mal. Essa semana peguei a pior gripe da minha vida. Porém, sou do tipo de pessoa que não sabe descansar mesmo com o corpo implorando, principalmente se estiver um dia ensolarado!
 O guia queria voltar antes que eu piorasse e remarcar para outro dia, mas eu estava relutante. Não conseguia acreditar que após 03 tentativas, eu teria que desistir. Estava desapontada comigo mesma. Resolvemos tentar mais um e para a alegria de todos, continuei a trilha sem problema algum. Ao chegar ao topo senti aquela maravilhosa sensação de desafio vencido. Valeu muito a pena todo meu esforço, pois a vista lá de cima foi simplesmente formidável! 

Topo da Table Mountain
Twelve Apostles Mountain à esquerda e Praia de Camp's Bay abaixo, à direita
Se você é daqueles que não curte trilhas e longas caminhadas, não se preocupe! Existe a opção do Cable Car, que é um bondinho parecido com o do Rio de Janeiro. O ingresso custa 200 rands, ida e volta. No topo há um restaurante, café e lojinha de souveniers.
Bondinho entre Table Mountain e Lion's Head
No entanto, antes de ir à Table Mountain, é necessário entrar no website e verificar se o bondinho está funcionando, pois o mesmo pode parar a qualquer hora do dia, devido às mudanças bruscas de tempo que ocorrem por aqui. (http://tablemountain.net/)
As trilhas são bem demarcadas, praticamente impossível de se perder. Poderíamos perfeitamente ter feito sozinhas, mas muitos nos advertiram que poderia ser perigoso por causa do tempo e por causa de assaltos. Pagamos 125 rands (por pessoa) pelo guia oficial do Parque e valeu a pena sua companhia. No caminho ele foi nos falando sobre a montanha, a qual emergiu do oceano e é considerada uma das formações rochosas mais antigas do mundo, além de nos explicar sobre a fauna e a flora local.



sábado, 28 de julho de 2012

The Old Biscuit Mill Market

O povo de Cape Town adora um market! Praticamente em todo bairro existe um. Market nada mais é do que uma “feirinha” onde vendem de tudo – roupas, objetos de decoração, bijuterias, antiguidades, etc.
Em Cape Town City, fomos no famoso Green Market, mas nem achei tão interessante. Era aberto, no meio de uma praça, com várias barraquinhas e vendiam basicamente artigos africanos como roupas, máscaras  e esculturas. Bom para quem gosta de comprar souveniers.

Aqui em Muizenberg fomos em outro market, chamado Blue Bird Garage, o qual também achei fraquinho. Era pequeno e focado mais em roupas de segunda mão.
O melhor de todos foi o The Old Biscuit Mill. Lá vendem de tudo, mas a principal atração é a comida. Há barracas para todos os gostos, uma variedade infinita que vai desde tortas doces e salgadas, comidas típicas, barracas de churrasco, queijos, vinhos e por aí vai. Tudo caseiro, produzido e vendido pelos próprios donos, que pagam por seu espaço para estar ali todo sábado, no bairro de Woodstock.
http://theoldbiscuitmill.co.za/
Fizemos amizade com uma sulafricana chamada Nick, que trabalha neste market e foi quem nos recomendou. Ela vende graciosas bonecas de tecido, feitas à mão.
Não deixe de visitar um market, mesmo porque, faz parte da cultura africana!



Camp's Bay

Camp’s Bay é a Miami Beach de Cape Town. Praia dos famosos, para ver e ser visto. Um desfile de Porsches e Ferraris. Restaurantes chiquérrimos na avenida principal da praia. Casas e hotéis luxuosos aos pés das montanhas. Coqueiros dão um charme especial ao calçadão. Para ampliar ainda mais sua beleza, Camp’s Bay tem ao seu redor a famosa montanha conhecida como Twelve Apostles, devido às suas diversas ondulações.

Estava um dia lindo, ensolarado e quente, mas por ser inverno e baixa estação, não havia ninguém na praia. Do jeito que eu gosto, praia vazia e limpa...só com o barulho do mar!
Twelve Apostles Mountain ao fundo


quinta-feira, 26 de julho de 2012

Mother's Unite - 2o dia

Nosso primeiro dia na Mother’s Unite foi apenas para conhecer as fundadoras e saber como poderiamos ajudar.

No 2o. dia, já pudemos fazer um trabalho somente nosso. Lá teremos nossa própria sala, para ensinarmos o que quisermos. As crianças vêem direto da escola, então optamos por dar apenas jogos educativos como palavras cruzadas e caça palavras, para que durante a tarde eles possam ter um momento de lazer e descontração. Foi super divertido e todas as crianças se mostraram interessadas. 
Aula dentro de conteiner - Sala de leitura 
Em dias quentes esses conteiners se tornam verdadeiras saunas. Nos dias frios, um freezer e nos dias de chuva, é simplesmente impossível escutar qualquer coisa. Mas ainda assim, é melhor ter as crianças aqui, do que nas ruas das favelas.
Infelizmente só trabalharemos nessa ONG duas vezes por semana e ainda assim, tendo que arranjar algum meio de transporte. Dependemos de carona, pois não há ônibus, vans e nem metrô no local e não podemos caminhar pelas ruas, pois trata-se de mais uma favela perigosa, em Lavender Hill.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Dia de sopão

Todas as 4as. feiras a Mary, dona da creche Day Light Educare, promove uma doação de sopa para as pessoas mais carentes do bairro de Capricorn. Os ingredientes são providos pela ONG da qual fazemos parte e fiquei feliz em saber que parte do meu dinheiro, ou melhor, de todos os voluntários, é revertido para um propósito tão nobre.

Montamos uma mesa na rua, em frente à casa dela, já com uma grande fila à espera de comida. Servimos aproximadamente 100 pessoas. Foi um trabalho extremamente gratificante.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Table Mountain - Kloof Nek

Atualmente a Table Mountain é considerada uma das novas 7 Maravilhas do Mundo, título esse recebido merecidamente. Posso dizer que a vista do topo é muito semelhante à vista que temos ao subir no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Table Mountain também recebeu esse nome por ser completamente plana no topo, lembrando uma mesa. 
Table Mountain vista do The Company's Garden
Para qualquer parte do mundo que eu e minha irmã viajamos, sempre escalamos alguma montanha. Mas Table Mountain tem sido um desafio, pois o tempo em Cape Town muda rápida e drasticamente, sendo que só é possível escalá-la caso o topo não esteja encoberto por nuvens.
Já fomos 03 vezes para a cidade, na tentativa de subir ao topo e o tempo não permitiu. Da última vez contratamos um guia oficial do parque – Paul Harding, por 125 rands, pois dizem que é muito fácil se perder entre as várias trilhas. Mais uma vez, para nossa frustração, ao chegarmos no local, ele não achou recomendável subirmos.
Para não perder viagem, o guia nos levou para uma caminhada do outro lado da montanha, chamada Kloof Nek e por incrível que pareça, estava bem ensolarado! Caminhamos por aproximadamente 02 horas, em uma trilha fácil e completamente plana, mas com uma bela vista dos Twelve Apostles (uma montanha com várias ondulações), da montanha Lion’s Head e de onde também pudemos ver a famosa praia de Camp’s Bay.
Lion's Head Mountain ao fundo
Aproveito para deixar aqui o website do Paul, um dos melhores guias que já conheci! http://www.capeguidedwalks.co.za/

Kirstenbosch Botanical Garden

Por ser extremamente gentil, nosso guia não nos cobrou nada para nos levar na trilha Kloof Nek, na parte de trás da Table Mountain e ainda nos deu uma carona até o Kirstenbosch Botanical Garden (http://www.sanbi.org/gardens/kirstenbosch), onde passamos o resto da tarde.

O parque é lindo e imenso. Além disso, é subdividido em vários jardins diferentes, mas apenas com plantas nativas. O que mais me chamou atenção foi o jardim de esculturas africanas. Paga-se 40 rands pelo ingresso de entrada.
Main Pond - Lago principal

Planta nativa - Protea (aberta e fechada)


Jardim das Esculturas Africanas



segunda-feira, 23 de julho de 2012

Mother's Unite

Por estarmos trabalhando somente no período da manhã com os parceiros da nossa ONG, fomos em busca de outros locais para trabalhar à tarde. O que mais gostaríamos de fazer é trabalhar com crianças abandonadas, mas acabamos descobrindo que não há orfanatos em Muizenberg.
Tentamos em outros bairros também, no entanto, o que pudemos perceber é que a África virou uma máquina de fazer dinheiro com voluntários. Qualquer lugar que você queira trabalhar, as organizações querem cobrar. Ou seja, estamos oferecendo ajuda gratuita e mesmo assim, teríamos que pagar para trabalhar. Eu paguei para me associar à esta ONG que trabalho atualmente, mas ao menos o valor inclui hospedagem, alimentação e transporte.
Nunca deixando de acreditar que existem ONGs de verdade, finalmente encontramos a Mother’s Unite (http://www.mothersunite.org.za/), que realiza um trabalho maravilhoso.
Tudo começou há 05 anos com uma mãe que recebia crianças em sua casa sem custo algum, para que elas não ficassem nas ruas enquanto seus pais trabalhavam. Além de atividades de lazer, ela também os alimentava.
A partir de então, algumas mães acabaram se juntando e conseguiram um terreno com o governo. Como não havia dinheiro para construir uma casa para as crianças, elas conseguiram aproximadamente 20 containers doados por diferentes empresas. 
Mother's Unite
Dentro de cada conteiner, acontece uma atividade diferente – aulas de yoga, leitura, reforço de inglês e também há uma horta onde as crianças aprendem a plantar e colher o próprio alimento para suas refeições na ONG.

Aula dentro de container
Mas o que as crianças mais esperam ansiosamente é o momento da refeição, que muitas vezes é a única alimentação que eles têm no dia. Comida esta que também é doada por empresas, supermercados e até mesmo pela vizinhança mais privilegiada. Além dos móveis dentro dos containers, roupas e materiais escolares.
 
Hora do rango!
A equipe é formada pela Gerry, (minha irmã e eu), Mac, Avril, Brigid, Carol, Marilyn e Margie (sentido anti-horário), mulheres de fibra, que fizeram acontecer. 

Almoço com as mães e fundadoras do Mother's Unite



Muizenberg Primary School

A ONG Dreams to Reality, pela qual viemos à África, mantém parcerias com diversas creches, escolas e até mesmo uma escola de surfe, nas quais podemos trabalhar. Hoje resolvemos visitar uma escola primária, chamada Muizenberg Primary School.
Entramos na 1ª série. Foi extremamente chocante! A começar pelo pátio da escola, que era puro lamaçal e cheio de poças d’água.
 
Pátio da Escola - Muizenberg Primary School
Na sala, a professora só gritava e só falava em Afrikaans. O único momento que nos sentimos realmente úteis, foi na aula de matemática, quando pudemos ajudar as crianças. 
Sala de aula - 1a. série
Deveríamos ficar na escola das 09 às 14h, porém, chegamos ao nosso limite quando a professora bateu em dois alunos. Primeiro ela deu uma cadernada na cabeça de um, depois um soco no braço de outro.

Antes disso, também já havíamos presenciado muitas brigas entre os adolescentes durante o intervalo. Eles são agressivos e a violência era tanta, que um deles foi levado para a diretoria com o nariz sangrando.

Ao meio-dia ligamos para o motorista da ONG nos buscar. Contamos o ocorrido a um dos funcionários da ONG que também trabalha na escola, mas infelizmente acredito que seja sempre assim e nada será feito para mudar essa situação.


domingo, 22 de julho de 2012

Domingo chuvoso - Dia de cineminha!

Domingo também chuvoso, sem nada para fazer, resolvemos pegar um cineminha. O ingresso custa 60 rands. Por sorte estava passando um filme sulafricano chamado Lucky, ganhador de diversos prêmios.

O filme conta a história de um menino zulu, recém-órfão com de 10 anos de idade. Ao perder sua mãe para a AIDS, Lucky deixa sua aldeia e vai para a cidade com a esperança de que seu tio o coloque em uma escola. Porém, o tio era alcoólatra e gastou todo o dinheiro que sua mãe havia deixado para seus estudos.
Lucky acaba fazendo amizade com uma senhora indiana, que mora no mesmo condomínio de seu tio. No começo a indiana tinha preconceito em relação a negros, mas com o passar do tempo, mesmo incapazes de falar a mesma língua, eles desenvolvem uma bela ligação afetiva. Ela o adota e o matricula em uma escola. Até que ele encontra seu pai, que estaria supostamente morto.
Para quem quiser saber o final, terá que esperar o filme chegar ao Brasil!

(http://luckythemovie2011.com/)

sábado, 21 de julho de 2012

Pizza com a Família Adams

Com preguiça de cozinhar em pleno sábado à noite, fomos bater na porta da nossa família para verificar se eles tinham algum folder de pizzaria que fizesse entregas. Já havíamos conversado brevemente com mãe e filha, aos nos cruzarmos no jardim, mas dessa vez, tivemos uma experiência hilária!

Kathryn, a filha, havia nos dito que o pai era muito tímido e reservado, porém, ele se demonstrou um daqueles faladores que engatam um assunto diferente atrás do outro. O difícil era entender e acompanhar. Mal conseguíamos falar, porque quem muita fala, por outro lado, é também um mal ouvinte.
Eles acabaram nos levando em uma pizzaria e ao chegarmos, eles simplesmente não desciam do carro, pois o pai não parava de falar. Compramos duas pizzas e voltamos para comer em casa, mas antes, fomos buscar a filha na casa de uma amiga. Quando chegamos, claro que as pizzas já estavam frias!
Somente mãe e filha se sentaram conosco na mesa. Pai e filho comeram em frente à TV, assistindo algum assunto tragicamente sensacionalista, é claro! Acabei por apelidá-los de Família Adams! Tudo de ruim já aconteceu na família deles, principalmente mortes provocadas pelos mais estranhos acidentes de carro.
A pior parte foi quando o pai nos trouxe uma daquelas mensagens que faziam antigamente com fotos de mortos, para mostrar seus pais e os de sua esposa, que faleceram recentemente. Além de dois álbuns enormes com fotos do casamento deles, tudo isso enquanto ainda comíamos. Ninguém merece!
Apesar de tudo isso, são boas pessoas e é compreensível que não tenham outros assuntos, afinal, é uma família simples, sem vida social, daquelas que trabalham duro para poder dar bons estudos aos filhos.

Família de Cape Town - Kevin, eu, Kathryn, Beryl e Shawn



quarta-feira, 18 de julho de 2012

Chapman's Peak & Hout Bay

Desde minha viagem para a Patagônia, em Janeiro, eu não via um lugar tão lindo quanto Chapman’s Peak. A beleza já começa pela estrada – Chapman’s Peak Drive, que segue sinuosamente entre belas montanhas e o mar. No meio do caminho há vários mirantes e ao chegar ao topo, tem-se uma vista incrível! 
Mirante - Chapman's Peak
Essa estrada foi construída somente em 1922, ligando as praias de Hout Bay e Noordhoek. Por ser um local muito procurado por turistas, começaram a cobrar um pedágio recentemente, no valor de 30 rands. 
Chapman's Peak Drive
Seguindo adiante, chega-se à praia de Hout Bay, também rodeada por montanhas gigantescas. O centrinho é super charmoso, com várias lojinhas e cafés. Ao circular pela cidade, percebe-se que é um local muito bem frequentado, com casas grandes e luxuosas. 
Praia de Hout Bay ao fundo

Hout Bay
Porém, há pouco tempo uma das montanhas foi tomada por refugiados de outros países da África e hoje há uma enorme favela chamada Imizamo Yethu que desvalorizou drasticamente as belas casas ao redor. Mas ao menos, todos convivem em paz.




sábado, 14 de julho de 2012

Wine Tour

Para qualquer lugar que eu viaje, sempre gosto de visitar algumas vinícolas. Primeiro porque eu simplesmente amo tomar vinho, de preferência os tintos. Adoro a forma como o vinho nos deixa leves, alegres e comunicativos, e também porque trabalhei por 04 anos em uma importadora de vinhos em SP.
A África do Sul é o único país do continente africano com bom terroir para a produção de vinhos. É famoso por sua uva Pinotage, que foi desenvolvida na Universidade de Stellenbosh, através da mistura entre as uvas Pinot-Noir e Hermitage (também conhedida como Cinsault).
Portanto, estando na África do Sul, claro que não poderia deixar de visitar as principais regiões – Stellenbosh, Paarl e Franshoek. Paguei 600 rands (U$ 75) por um tour, por 01 dia inteiro, incluindo almoço e degustações de vinhos, queijos, azeites e azeitonas. A nossa guia se chamava Fern, falava alto e rápido, e era muito engraçada.
Visitamos duas vinícolas em Stellenbosh - uma mais familiar e pequena, chamada Villiera (http://www.villiera.com/) e outra bem grande e super moderna, chamada Tokara (http://www.tokara.co.za/). Provamos de tudo...desde o espumante mais simples até o rose, que eu tanto adoro, seguido de vinhos brancos, tintos, vinhos de sobremesa e porto.
Tokara Vineyard (exposição de escultura de madeira)
Em seguida fomos almoçar em Franshoek, em uma vinícola chamada Fyndraai (http://www.solms-delta.co.za/restaurant/), onde também pude provar pela 1ª vez alguns vinhos experimentais, feitos de pera e mel. Não apreciei, mas valeu a experiência!

Fyndraai Vineyard
E para finalizar, fomos para Paarl, na vinícola Fairview (www.fairview.co.za) , onde já meio bêbada, não consegui provar os vinhos, somente os queijos! Havia feta cheese, brie, camembert, provolone, alguns queijos azuis, outros temperados com ervas e até mesmo alho e ainda um com frutas vermelhas, simplesmente fenomenal. Muitos acompanhados de algum tipo de geléia, de produção deles também!

Fairview Vineyard



sexta-feira, 13 de julho de 2012

Gorjetas em Cape Town

O habitual por aqui é dar de 10 a 14% de gorjeta. Além disso, eles também cobram uma taxa de 14% ao final da conta. Taxa essa que eu achava já ser a gorjeta!

Visitando o centro de Cape Town

Como já mencionei anteriormente, Muizenberg  fica há 45 minutos de metrô do centro da cidade. Agendamos um wine tour que não viria nos buscar, por estarmos totalmente fora do caminho. Portanto, preferimos ir um dia antes e dormir na cidade.
Foi a pior noite da minha vida! Ficamos em um albergue na avenida principal, chamada Long Street, cheia de bares, restaurantes, lojas e cafés. O barulho era infernal...muitos carros, caminhão de lixo e um mendigo FDP que gritou praticamente a noite inteira! E para piorar, a roupa de cama parecia imunda! Dormi de roupa, só faltou colocar o tênis! Ainda bem que foi por apenas uma noite e nunca mais! O barato sai caro...anotem aí o nome, para nunca se hospedarem lá, caso venham para Cape Town – Two Oceans Backpacker.
Tirando a noite mal dormida, tivemos uma tarde muito agradável e bem cansativa também. Andamos praticamente o dia todo e visitamos vários lugares:
- Bo-Kaap, um bairro somente de muçulmanos, cheio de casas super coloridas, que mais parecia o Pelourinho, na Bahia
Bo Kaap
- V&A Waterfront, uma marina com muito entretenimento....um grande shopping chamado Victoria’s Mall, feira de artesanatos, restaurantes, rodas de africanos cantando e dançando, demonstrando suas raízes, aquário, lojas vendendo esculturas africanas e havia também uma grande roda gigante na qual é possível ver grande parte da cidade e um lindo e romântico carrossel.
- Cape Town Stadium, um dos estádios onde aconteceu a Copa do Mundo de 2010. Infelizmente só vimos por fora, estava fechado. Moradores dizem que atualmente se tornou um elefante branco, ou seja, milhões desperdiçados somente por causa da Copa, quando grande parte da população é extremamente pobre. Tudo ao redor é bem novo e recente...as ruas, hotéis, albergues e foi a partir de então, que decidiram sinalizar a cidade com placas e faróis. Em algumas ruas o trânsito ainda é bem confuso e muitos não respeitam as sinalizações.
Cape Town  Stadium
Por falar em sinalização, o metrô também não tem os nomes das estações dentro dos vagões, então para nós turistas, temos que ficar alertas em cada parada para saber onde descer, uma vez que, diferente de SP, eles também não têm sistema de som para informar o nome da estação.

- Green Market Square: qualquer guia de turismo que você leia, mencionarão o famoso Green Market de Cape Town City. Trata-se de uma "feira" de artesanato, onde vendem máscaras e estátuas de madeira africanas, roupas e bijuterias. Basicamente isso!

- The Company’s Garden: esse foi meu local preferido! É um grande parque, subdivido em pequenos jardins – um jardim somente com plantas nativas, outro com rosas, um jardim japonês, outro com bananeiras, etc. Há também um espaço fechado somente com passarinhos exóticos e muitos esquilos que vêem comer na palma das mãos. Eles são fofos, mas também são bem espertos...eles sobem nas pessoas e um deles tentou até mesmo rasgar minha mochila em busca de comida! O parque parece um labirinto e ao redor há diversos museus e galerias.
À noite gostaríamos de ter jantado em um restaurante tradicionalmente africano, mas qualquer prato típico por aqui tem alguma carne exótica (crocodilo, avestruz, etc), sendo que só como frango ou peixe. Outros pratos têm bastante influência asiática, são apimentados e temperados com curry. Além disso existe o Mealie Pap, um tipo de mingau à base de milho, viscoso e branco, muito popular na África. Eu provei na escola, pois dão para as crianças todas as manhãs, mas achei bem insosso!
Acabamos jantando em um restaurante praticamente novo, chamado Phad Thai. Comemos Phad Thai, é claro, e legumes ao molho de green curry. A comida e o atendimento foram ótimos, apesar do garçom achar que beringela era abrobrinha. Endereço: 18 Long Street.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Clima em Cape Town

Falando em constantes chuvas, falarei agora um pouquinho sobre o clima. Assunto essencial para se fazer uma mala antes de viajar para qualquer lugar!
No momento faz muito frio por aqui, estamos em pleno inverno e Julho é o pior mês. Mas para quem gosta de surfar, é também a melhor época.
Aqui venta muito, podendo chegar a 80 Km/h. Tem chovido bastante, mas por ser uma cidade bem austral (última cidade ao sul do continente), o tempo muda rapidamente de chuvoso para ensolarado e assim vai o dia inteiro! Mas não se engane com o sol e céu azul, pois ainda assim, o vento é extremamente gelado.
Além disso, amanhece por volta das 07h00 e escurece às 18h00, o que torna os dias muito curtos. Talvez no verão seja diferente (novembro a fevereiro). Mas acho que, em se tratando de África, prefiro o frio, pois no calor a temperatura pode chegar a 45 graus.
Em alguns países africanos eles têm a famosa siesta na parte da tarde, fechando o comércio por aproximadamente 03 horas, uma vez que se torna praticamente impossível trabalhar em altas temperaturas.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Peck's Valley - Muizenberg Mountain

Todas as tardes tentamos fazer um programa diferente após o trabalho voluntário. Hoje subimos as montanhas de Muizenberg, em uma trilha chamada Peck’s Valley. Não fomos até o topo, pois o caminho não estava muito bem definido, havia muitas pedras soltas e estava escorregadio por causa das constantes chuvas. Mas chegamos em um pico que tivemos uma visão linda de praticamente toda a cidade!

Muizenberg beach
Lago Zandvlei

terça-feira, 10 de julho de 2012

Kalk Bay

Hoje, após o trabalho, fomos almoçar em uma marina, na praia de Kalk Bay. Alguns moradores locais nos recomendaram um restaurante, também chamado Kalk’s, para comer o melhor Fish & Chips de Cape Town. Já comi melhores, mas fica aí a recomendação!
À noite fomos em um restaurante famoso nessa mesma praia, chamado Brass Bell. Às 3as feiras rola um karaoke. Nunca gostei e por isso nunca nem fui em karaokes, mas como todos os voluntários iam, também fomos para nos socializarmos. Ao final, foi super divertido. À noite, o restaurante vira um bar super badalado e lotadíssimo. Me senti em um daqueles filmes de surfe!
Por falar em surfe, para quem gosta desse esporte, provavelmente já ouviu falar sobre a famosa praia de Jeffrey’s Bay, perto de Port Elizabeth. Esta semana começou uma grande competição de surfe e só se fala nisso nesse momento em Cape Town!

domingo, 8 de julho de 2012

Simon's Town - Boulders Beach

Nesta tarde pegamos o metrô e fomos para Simon’s Town, em uma praia chamada Boulders Beach, onde há pinguins. Eu já havia visto muitos deles, em uma ilha na Patagônia, em Janeiro, então nem estava tão empolgada.

Simon's Town
Para ter acesso à praia e aos pinguins, é preciso pagar uma taxa de R45 rands, pois se trata de uma reserva. Ou então, há a outra opção de sempre...uma bela trilha, sobre uma ponte de madeira, construída entre a praia e a vegetação, chamada Burgher’s Walk. Atrás da vegetação há várias estacionamentos para os visitantes e belas casas de frente para o mar. Por ali, é possível ver muitos pinguins perdidos pelo caminho.
Burgher's Walk
O bilhete de metrô para Simon's Town (saindo de Muizenberg) custa 13 rands, sendo necessário pegar uma van até a praia de Boulders Beach, que custa aproximadamente 8 rands (somente ida).

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Day Light Educare

Hoje escolhemos passar o dia em uma outra creche muito pobre, que na verdade fica no fundo de uma casa, onde mãe e filhas trabalham juntas. Chama-se Day Light Educare. A casa é muito fria, pois as paredes são feitas com diferentes materiais...algumas partes são de metal, outras de alvenaria, e outras ainda de madeira velha, tudo que eles provavelmente pegam nas ruas. 

A Mary, dona da casa, é um amor de pessoa e muito humilde. Suas filhas cuidam das crianças, enquanto ela cuida da casa, cozinhando para todos e trocando as fraldas, pois lá as crianças são menores ainda – entre 01 ano e meio e 03 anos.

Ela inclusive faz “sopões” em sua própria casa, para que outras pessoas mais carentes do bairro venham comer. Pretendemos ajudá-la a distribuir comida assim que ela promover essa ação.
Após o trabalho, fomos fazer uma outra caminhada, beirando o mar, aqui mesmo em Muizenberg, a qual se chama St. James Walk, onde pudemos perceber os contrastes dos bairros. Perto das montanhas, do outro lado da ferrovia, há belas casas, mansões em estilo europeu, hotéis chiquérrimos, pequenas lojas de decoração e cafés. Do outro lado, a classe média e por fim, mais distante, as favelas.


quarta-feira, 4 de julho de 2012

Fish Hoek

Na parte da tarde, pegamos o metrô e fomos para uma outra praia chamada Fish Hoek (12 rands ida e volta). O metrô vai pela beira da praia, proporcionando uma paisagem maravilhosa. Pena que seja um meio de transporte tão perigoso. Ao menos é o que dizem os locais, mas até o momento, não vi nada ameaçador e continuo andando de metrô tranquilamente. Só nos recomendaram não pegá-lo após as 18h00.
Na verdade tive que ir para Fish Hoek para comprar o celular e a internet móvel, pois aqui em Muizenberg não tem. Dessa forma, aproveitei para conhecer a cidade.
Em praticamente todos os lugares, há uma trilha charmosinha e beirando o mar e nesta praia, pudemos caminhar pela Jager’s Walk.

Jager's Walk
À noite fomos de táxi (dessa vez era um carro e não uma van!) a um restaurante muito bacana, chamado Cape to Cuba (www.capetocuba.co.za), na praia de Kalk Bay. A decoração é bem latina, com um estilo bem “kitch” e todos os objetos estão à venda. E para matar a saudade, o restaurante tocava música brasileira...MPB, claro!

Dedicado à minha mãe

No 2º dia de trabalho voluntário fui direto para a sala onde estava a minha irmã, sem me importar de comunicar a ninguém, pois ao contrário da sala onde eu não havia feito porra nenhuma no dia anterior (sorry pelo palavrão, mas foi extremamente desapontante), ela havia gostado muito e a professora permitiu que ficassemos juntas.
Uma professora de verdade faz toda a diferença! Quando entrei na sala, a professora Florence e sua assistente Glennys me receberam com o maior carinho, me apresentaram a todos os alunos e fizeram com que todos se apresentassem para mim.
A rotina na escola, como em qualquer outra, é basicamente a mesma...as crianças cantam ao chegar, sempre rezam antes de comer, aprendem a contar os números, os meses, os dias da semana, desenham, brincam com massinha. Contamos histórias, brincamos no parquinho, damos lanche, lavamos a louça, limpamos muitos narizes escorrendo, ajudamos a levá-las ao banheiro e as colocamos para dormir.
As crianças são muito pequenas, muitas nem falam direito ainda. Como sempre, tem algumas pentelhinhas que querem ficar grudadas na gente e os bagunceiros que pertubam a sala inteira, mas no geral, elas são adoráveis (ao menos a nossa sala!).

É incrível como em poucas dias, eu simplesmente me apaixonei por muitas delas! Sinto vergonha e ao mesmo tempo vontade de chorar ao ver suas roupinhas velhas, mochilas rasgadas, o tipo de comida que comem e como ficam felizes com tão pouco.
Por falar em professoras, quero aproveitar para dedicar esse post à minha mãe. Pensei muito nela trabalhando esses 02 dias na creche. Uma professora sem igual, que também trabalha no meio de uma favela em São Paulo (Jardim Elisa Maria, na Zona Norte) e há anos enfrenta todos os obstáculos para se dedicar aos seus alunos.

Minha mãe e eu no Orquidário Morumby em SP
Mas quero aproveitar para também dedicar esse post às minhas amigas que têm filhos pequenos e que são cheias de zelo...saibam que na escola eles comerão muita catota, muita areia e muita comida do chão! ;-)

terça-feira, 3 de julho de 2012

Línguas oficiais - África do Sul

11 línguas oficiais na África do Sul:

- Inglês, falado por praticamente todos
- Afrikaans, falado mais por brancos e mestiços, sendo uma mistura de inglês e dutch (mestiços são os mulatos, a mistura de negros e brancos)
- Xhosa vem em 3o. lugar e é mais falado por negros
- Em seguida vem: Zulu, Sepedi, Setswana, Sesotho, Xitsonga, siSwati, Tshivenda e isiNdebele