domingo, 30 de setembro de 2012

Adeus Quênia, um país primitivamente maravilhoso!

Neste post eu me despeço do Quênia, que apesar de ser um tanto subdesenvolvido e primitivo do meu ponto de vista, eu adorei visitar esse país!
Aqui falta água, falta iluminação nas ruas, faltam faixas para pedestres e faróis. Aqui há o agravante de doenças como a Aids, a malária e a cólera. Aqui há muita corrupção, falta emprego, falta educação e saneamento básico. Faltam também boas estradas e transporte público. Além disso, há muita poluição ambiental, visual e sonora, mas sobretudo, há muita poeira!
Por outro lado, aqui no Quênia é possível fazer os melhores safaris do mundo. Aqui eles têm os mais belos animais selvagens. Aqui têm orfanatos para salvar animais em extinção e/ou ameaçados pelo próprio homem. Em pleno centro, há grandes e belos parques e ao circular de carro, é possível ver  até mesmo enormes cegonhas. E há poucos kilômetros de Nairobi, há belas montanhas e lagos.
O povo queniano é extremamente receptivo, acolhedor e simpático. Todos nos cumprimentavam nas ruas, em especial as crianças, que gritavam incessantemente “how are you?” (como vai você?). Às vezes eu sentia vontade de gravar “I am fine, thanks” (vou bem, obrigada).
Foi uma experiência incrível trabalhar como voluntária e viajar pelo Quênia. A África é um lugar que precisa de muita ajuda e onde nós, voluntários (as), podemos fazer a diferença.
Em homenagem ao Quênia, eu posto abaixo algumas fotos hilárias e outras até mesmo tristes, de coisas que nunca vi em outros países, mas que fizeram eu me apaixonar por sua cultura e seu modo de viver.
As ruas não tem endereços e as casas não têm números! A placa abaixo, do Exciting Hotel, se tornou o nome da rua onde eu estava morando. Para chegar na nossa casa, bastava contar 08 portões descendo à esquerda. É assim que os carteiros sabem onde entregar as correspondências.

Cabeleireiras fazem trancinhas em qualquer lugar. Para fazer um cabelo longo pode levar até 06 horas e para desfazer, leva praticamente o mesmo tempo! As trancinhas duram em média 02 meses.

As pessoas se viram como podem para ganhar um trocado.

Há cabras por onde quer que você ande.

Os quenianos não têm o costume de usar vassoura nem rodo. Eles usam uma espécie de espanador de palha para varrer suas casas, escolas, lojas e até mesmo as calçadas.
Mary varrendo uma das salas do Light Orphanage Centre
Mesmo com tanta poeira nas ruas, os quenianos insistem em lavar seus carros todos os finais de semana. O pior é que os lava rápidos ficam em lugares empoeirados!
Lava rápido
Os quenianos vendem qualquer coisa nas ruas, principalmente nas calçadas empoeiradas e em barracas caindo aos pedaços.
Jazigos

Roupas

Locação de móveis para festas e casamentos
Andaimes não existem. Eles usam madeira nas construções. Infelizmente já desmataram e destruiram grande parte de suas florestas, por isso o Quênia tem se tornado um país cada vez mais quente e com falta d’água.

Desde cedo, os africanos carregam muito peso e de todas as formas possíveis.
Crianças carregando barris de água


Africana carregando balde cheio de tomates

Motociclista carregando espigas de milho
Homens e mulheres trabalham duro para sobreviver. Alguns empregos são extremamente primitivos, como na foto abaixo, onde eles se sentam sobre pedras e as quebram em pequenos pedaços usando apenas um martelo. Infelizmente, mal sabem eles que em breve terão Mal de Parkinson.

Banheiros públicos não têm vasos sanitários.
Latrina
Para ter segurança, os portões têm buracos pelos quais temos que enfiar apenas uma mão por dentro, para colocar o cadeado. No começo é difícil, mas depois nos acostumamos.


As matatus (como são chamadas as vans no Quênia), principal meio de transporte na África, são muito antigas e sempre caindo aos pedaços. Mas por dentro, sempre são decoradas de forma colorida, algumas chegam a ser bem bregas, mas praticamente todas estão sempre com som alto.

Matatu (van) por dentro
É com mais uma foto de matatu, dessa vez com a bandeira do Quênia, que eu me despeço desse país tão primitivamente maravilhoso!





sábado, 29 de setembro de 2012

Trabalho Voluntário - Transformações no Light Orphanage Centre

Dedico este post a todos os meus amigos que confiaram em mim e fizeram generosas doações para que eu pudesse realizar as mudanças não somente no Light Orphanage Centre, como na vida de todas as crianças e adolescentes que moram nesse orfanato! Serei eternamente grata a todos vocês!

Pintando os quartos

Antes...os quartos das crianças eram escuros e sem alegria. Compramos várias tintas e os meninos do orfanato nos ajudaram a carregar as latas.
Meninos do orfanato nos ajudando a carregar as latas de tinta
Depois...pintamos o quarto dos meninos de azul e os dois quartos das meninas de rosa, cores escolhidas por eles próprios. Foi uma tarefa bem cansativa, ainda mais para mim, que tenho tendinite. Mas foi extremamente gratificante ver a felicidade deles!

Pintando o quarto das meninas
Novas beliches, colchões e roupas de cama
Antes...as camas eram de madeira, os colchões eram de espuma, estavam podres, fedendo a urina e havia  muitos “bed bugs” e pulgas. Em uma cama, dormiam aproximadamente 07 crianças. Antes dos colchões serem entregues, detetizamos todos os quartos.

O quarto das meninas era assim...

O quarto dos meninos era assim...
Depois...compramos beliches de ferro, mais resistentes e à prova de insetos, além de colchões e lençóis de qualidade. Infelizmente não tivemos dinheiro suficiente para comprar travesseiros.

O quarto das meninas ficou assim!

O quarto dos meninos ficou assim!
Costureira

E como se não bastasse a dor no braço por ter pintado os quartos do orfanato, também fiquei com dor nos pulsos de tanto costurar os enormes rombos nos uniformes das crianças. Elas se sentiam extremamente constrangidas por usar roupas rasgadas. Portanto, foi com prazer que consertei suas roupinhas! Minha irmã deu a idéia, mas a safada não sabe costurar. Então eu entrei com a habilidade!


Bolsas de plástico

Antes...as crianças guardavam suas roupas em sacolas plásticas ou simplesmente deixavam jogadas no chão sujo.


Depois...compramos grandes bolsas, também de plástico, mas muito mais resistentes, para que eles possam guardar e manter suas roupas limpas.
Distribuição de bolsas
Livros e materiais escolares
Antes...havia apenas um livro por sala, todos caindo aos pedaços e permaneciam somente com os professores.
Depois...compramos livros de todas as matérias com respostas para todos os professores, livros para a 8ª série, que terá início no próximo ano e pelo menos 02 a 03 livros para cada série, para que dividam entre eles. Eu fiz questão de carimbar um a um com os dados do orfanato para não haver extravio. Para a pré-escola, compramos cartazes com imagens de frutas, legumes, animais, abecedário, cores e partes do corpo humano. 
Carimbando e identificando os livros

Cartazes para a pré-escola
Além disso, também compramos cadernos, lápis, canetas, borrachas e apontadores, os quais trocamos com as crianças pelas giletes que costumavam usar para apontar seus lápis. Um perigo, pois alguns deles têm HIV positivo e não sabem, podendo infectar outras crianças. Também compramos compassos, esquadros e transferidores, pois até então, eles não estavam tendo aula de Geometria, por falta de material escolar.

Arquivos dos estudantes
Fotografamos todas as crianças e criamos arquivos com o histórico de cada um. Imprimimos e organizamos tudo em pastas.
Eu e minha irmã entrevistando os alunos para fazer seus arquivos
Mochilas
Antes...as crianças carregavam seus cadernos em sacolas plásticas.
Depois...compramos mochilas de qualidade e foi um dos presentes que eles mais gostaram.

Minha irmã distribuindo mochilas
Colheres
Antes...as crianças comiam com as mãos.
Depois...compramos colheres, uma vez que os quenianos não têm costume de comer com garfo e faca. Nunca imaginei que crianças pudessem ficar tão felizes por ganhar colheres!

Brinquedos
Antes...as crianças não tinham nenhum brinquedo, apenas uma bola feita de meias. Brincavam com qualquer coisa que vissem pela frente...pedras, tampinhas de garrafas, pneus. Nos pediam material escolar, comida, mas nunca pediam brinquedos. O que realmente me intrigava, pois nunca conheci crianças que não pensassem em brinquedos. Infelizmente, eles nunca tiveram um brinquedo para saber como é bom brincar!

Depois...agora as crianças sabem o quanto é bom brincar! Compramos bola de futebol, bambolê, corda, lego, massinha para os pequeninos e jogos como Banco Imobiliário e Jogo da Memória. O dia que entregamos todos os brinquedos, foi uma festa. Eu fiquei muito feliz de ver todos brincando ao mesmo tempo!




Alimento e livros infantis
Antes...a ONG pela qual viemos para o Quênia (NVS) não tinha parceria com este orfanato. Na verdade, o pastor com o qual estávamos morando, nos levou até o Light Orphanage Centre, pois sabia que eles precisavam de muita ajuda.

Depois...a NVS (Network for Voluntary Services) foi nos visitar no orfanato e a nosso pedido, inclusive do pastor Wangure, decidiram começar uma parceria. Na segunda visita já trouxeram kilos e kilos de comida e livros infantis.
Doação de alimentos e livros infantis por parte da NVS
Caso alguém ainda tenha interesse em ajudar o orfanato, segue abaixo o link do blog que eu e minha irmã criamos, com os dados bancários. Porém, o mesmo foi escrito em inglês. No meu blog também é possível encontrar os dados bancários no post Light Orphanage Centre, postado no dia 03/09/2012. Eles ainda precisam de ajuda financeira para pagar os salários e assim manter os professores, para comprar comida futuramente e mais livros.



Agradecimento pelas doações

Foi simplesmente surpreendente trabalhar como voluntária no Quênia. A organização existe há 09 anos (Network for Voluntary Services) é extremamente organizada e idônea.
Nunca trabalhei tanto na minha vida! Estou completamente esgotada, mas me sentindo extremamente preenchida e feliz por ter ajudado tantas pessoas. É uma sensação muito gratificante. Aqui posso dizer que fiz “a” diferença!
Mas outras pessoas também fizeram a diferença! Amigos queridos do Brasil, que mesmo de tão longe, confiaram em mim e me enviaram dinheiro para ajudar o Light Orphanage Centre, onde eu estava trabalhando como voluntária.
A mim só resta agradecê-los imensamente por terem sido tão generosos! Eu juro que não esperava receber tantas doações, especialmente de pessoas que nem me conhecem, mas que depositaram dinheiro na minha conta e até mesmo na conta do orfanato, através de amigos que repassaram meu email para outras pessoas.
Aproveito para agradecê-los também de coração em nome das crianças do orfanato e de seu fundador, Charles Mutuma, também órfão e que mora no local com sua esposa e sua filha de 09 meses, para poder dar uma vida um pouco melhor à essas crianças e até mesmo uma família.
No nosso último dia, as crianças nos escreveram lindas cartinhas. Nelas nos pediram que agradecessem nossos amigos, pois sempre fizemos questão de dizer a eles que vocês também estavam ajudando!
Cartinhas de despedida, escritas pelas crianças do orfanato
Aliás, se não fosse por vocês e até mesmo pelos amigos da minha irmã na Austrália, não teríamos conseguido mudar a vida dessas crianças que, além de não ter pais e nem família, não tinham material escolar, não tinham camas apropriadas para dormirem e muito menos comida. São verdadeiros sobreviventes!
Meu agradecimento especial vai para minhas grandes amigas e coincidentemente, ex-parceiras de trabalho em diferentes empresas:
- Adriana Brandassi, seu marido Renato Perosa e seus pais Ademir e Regina Brandassi. Sinto falta dos nossos bate-papos regados à muito vinho!
- Iza Amorim e sua filha Juliana Wolter, a qual só conheço através de fotos que sua mãe coruja me mostrou, mas que mesmo de longe, já considero uma grande amiga. Faço questão de conhecê-la pessoalmente quando eu voltar para o Brasil!
- Monica Recalde, amiga da minha querida amiga Iza Amorim e que me ajudou mesmo sem me conhecer. Quem sabe um dia eu te visito em Barcelona para te agradecer pessoalmente!
- Meus afilhados, Janaina e seu marido Rodrigo Joszt;
- Ilka Kamazaki, única japa que conheço que tem samba no pé!
A princípio, eu estava constrangida em enviar um email pedindo dinheiro a todos os meus amigos, mas valeu super a pena! No próximo post vocês poderão conferir todas as mudanças que eu e minha irmã realizamos no orfanato, graças a todas as suas doações!
Mais uma vez, muito obrigada!


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Despedida Light Orphanage Centre

Último dia no Light Orphanage Centre, penúltimo dia no Quênia e aniversário da minha irmã. Para tornar nossa despedida um momento feliz, aproveitamos para comemorar o aniversário da minha irmã com muitos muffins e refrigerantes. Infelizmente não tivemos tempo para comprar um bolo, pois estávamos extremamente ocupadas organizando o orfanato. De qualquer forma, foi uma verdadeira festa, afinal, raramente eles comem algum tipo de doce.
Minha irmã no meio da criançada, comemorando seu aniversário com muitos muffins
Além disso, foram eles quem ganharam presentes. Dessa vez, compramos mochilas, pois partia meu coração vê-los carregando seus cadernos em sacolas plásticas. Mas esses presentes não foram dados somente por mim ou pela minha irmã, mas por muitos de nossos amigos do Brasil e da Austrália, que nos enviaram generosas doações.

Foi triste e literalmente difícil nos despedirmos das crianças. Por outro lado, foi engraçado vê-los trancando o portão afim de impedir que partissemos. Pedimos que fizessem uma fila, para que pudessemos abraçá-los e beijá-los. Alguns se sentiram muito constrangidos, afinal nunca receberam carinho e não estão acostumados com o toque de outras pessoas. Explicamos que no Brasil isso é normal e após o primeiro abraço e o primeiro beijo, todos retornaram à fila milhares de vezes.
Alguns tocavam nossa pele e nosso cabelo desesperadamente, pois não haviam nos tocado antes e sabiam que era sua última oportunidade. Eu e minha irmã fomos as primeiras voluntárias brancas a trabalhar neste orfanato. Muitos deles nunca viram pessoas brancas antes e infelizmente crescem achando que somos “seres superiores”. Nos tocam para saber se sentimos dor e até mesmo para saber se nossa pele é diferente. Sempre fiz questão de ensiná-los que somos todos iguais.

No começo eu estava com receio de dar aula para os adolescentes, pensando que talvez pudesse ser difícil ensiná-los, que talvez eles não nos obedeceriam ou não nos respeitariam, mas foi totalmente o contrário. Eles foram super gentis. Estavam super interessados em aprender e faziam de tudo para nos agradar.
Um mês foi tempo suficiente para nos apegarmos uns aos outros. Nunca pensei que diria isso, mas já estou pensando seriamente em voltar ao Quênia no próximo ano para visitá-los. É como se eles fizessem parte da minha família, parte de mim, e não posso simplesmente abandoná-los. Criamos um laço muito forte. Todos eles foram e são simplesmente adoráveis e foi a melhor experiência que já tive em termos de trabalho voluntário.
Crianças e adolescentes que moram no Light Orphanage Centre



quinta-feira, 27 de setembro de 2012

City Park (Monkey Park)

Em seis semanas no Quênia, fui pouquíssimas vezes ao centro de Nairobi. Trata-se de uma cidade como outra qualquer, com prédios, faculdades, lojas, restaurantes e muita, muita gente nas ruas! No entanto, são poucos os prédios modernos, e o mais alto, não chega a ter nem 30 andares.
Ao contrário de todos os outros bairros, há alguns semáforos, mas ninguém respeita e se você se atrever a parar no sinal vermelho, tomará uma buzinada! Cuidado ao atravessar, pois eles também não respeitam os pedestres. O trânsito é simplesmente ca-ó-ti-co! Não há faixas e fora do centro, não há iluminação nas ruas, tornando tudo pior ainda. E mesmo havendo asfalto, ainda assim o centro é bastante empoeirado, pois em grande parte da cidade não há calçadas.
Mesmo no centro, raramente se vê um mzungu (como eles chamam os “branquelos”), sendo muito difícil fotografar locais públicos, uma vez que os quenianos não estão acostumados com turistas e muitos nem gostam de correr o risco de sair em uma foto, pois crêem que fotos roubam suas almas. Turistas geralmente vêem ao Quênia para fazer safari e acabam não visitando o país.
No meio da cidade, há aproximadamente cinco grandes parques, sendo que o Uhuru Park é o principal deles e muito similar ao Parque do Ibirapuera. Mesmo em um país tão seco e com falta d’água, o parque é bem verde e muito bem cuidado.
Mas o parque que eu e minha irmã estávamos mais interessadas em visitar era o City Park (conhecido por poucos como Monkey Park), pois há muitos macacos e é possível alimentá-los, uma vez que estão acostumados com as pessoas. 

Logo na entrada há uma barraquinha vendendo amendoins. Um saquinho custa por volta de KSH 20 shillings, equivalente a US$ 0.25 cents. 


Este parque também é muito bem cuidado e muitas pessoas vão até lá para descansar na hora do almoço e até mesmo para dormir. Por incrível que pareça, é tudo aberto e não entendo como os macacos não vão para as ruas.

City Park, também conhecido por poucos como Monkey Park

 Macaquinho fazendo alongamento no parque
A dica aqui é abrir o saquinho, deixar as sementes no bolso e ir dando as poucos para os macacos. Eles não são agressivos, mas se verem você segurando um saquinho, farão de tudo para arrancar da sua mão. Claro que isso aconteceu comigo e com a minha irmã. Um deles subiu com tudo na minha cabeça, me arranhou sem querer no braço e mordeu meu dedão para que eu abrisse a mão. Não doeu e nem me machucou, mas poderia. De qualquer forma, foi uma experiência engraçada!
 
Um macaquinho cuidando do outro




quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Mount Longonot - Vulcão dormente

Conhecido atualmente como Mt. Longonot, o nome original deste vulcão é na verdade Ollonongot e foi alterado pelos britânicos, por terem dificuldade de pronunciar o nome africano.
Topo do Mount Longonot, vulcão dormente desde 1860
Esta foi a primeira vez que fiz uma caminhada em um vulcão, que  está dormente há mais de 150 anos, não entrando em erupção desde 1860. A subida é bem íngreme e cansativa, levando aproximadamente uma hora e meia para chegar ao topo, em ritmo médio.
Topo do Mount Longonot, na companhia do nosso guia Fred
Para ter acesso ao vulcão, é necessário pagar a entrada no valor de KSH 1,740.00 shillings ou US$ 20 dólares. Além disso, recomendam pagar por um guia. Preferimos não nos arriscar e pagamos KSH 1,500.00 (aprox US$ 18 dólares) pela companhia de um dos guias mais agradáveis que já tivemos – Fred, que apesar de aparentar um homem simples da vila, era extremamente culto. Caso você venha ao Quênia, o vulcão fica na cidade de Naivasha, há aproximadamente 02 horas do centro de Nairobi e o celular do Fred é: 0701-277-533.
Apesar de muitas árvores e muito verde ao redor do vulcão, a trilha é coberta em grande pelos resquícios das cinzas do vulcão, o que a torna escorregadia e extremamente empoeirada. As cinzas são tão finas, que a água da chuva não consegue penetrá-las.

Trilha coberta por cinzas vulcânicas

Era uma vez uma bota marrom e uma calça preta...
A vista do topo é linda! Pudemos ver grande parte do Great Rift Valley, o maior vale do mundo, começando em Israel e terminando em Moçambique.

Hoje em dia, dentro da cratera há uma floresta. Existe uma trilha para descer até a cratera, mas me pareceu bem difícil e creio que seja necessário um equipamento próprio para escaladas. De qualquer forma, nosso guia disse que é perigoso, até mesmo devido à presença de leopardos, cheetas e muitas cobras.
Cratera do Vulcão Longonot
Também é possível caminhar ao redor da cratera, o que levaria aproximadamente 02 horas. No entanto, a vista é praticamente a mesma, portanto decidimos caminhar apenas pela metade. No meio do caminho, há alguns quiosques bem charmosos para fazer piquenique.
Trilha ao redor da cratera
Por mais que para descer sempre pareça mais fácil, o retorno é também foi bem cansativo, pois as cinzas tornam a trilha bem escorregadia. Nem mesmo botas apropriadas para caminhadas em montanhas ajudam neste caso, mas a paisagem valeu super a pena!
Aos pés do Mount Longonot