Há aproximadamente 10 km do centro de Nairobi, há um bairro chamado Karen, onde há belas casas e onde mora a maior parte da pequena porcentagem de quenianos brancos (descendentes de britânicos) e afortunados.
O bairro recebeu esse nome em homenagem a Isak Dinesen, conhecida na África como Karen Blixen, uma dinamarquesa que morou no Quênia de 1914 a 1931, aos pés da montanha Ngong Hills, onde ela tinha uma grande fazenda e onde administrou uma grande plantação de café. Existe até mesmo um filme muito conhecido sobre sua vida, chamado “Out of Africa”. Foi por causa deste filme, que fomos visitar Ngong Hills.
Essa montanha fica há aproximadamente duas horas do centro de Nairobi. Porém, de Rongai, bairro onde estamos morando, levou 01 hora em duas matatus – uma até o bairro de Kiserian e outra até a cidade de Ngong. De Ngong é necessário pegar um táxi para chegar até a entrada principal.
Paga-se uma taxa de KSH 600.00 shillings (aprox US$ 8 dólares) pela entrada e os guardas são extremamente grosseiros, quase obrigando e até mesmo intimidando os turistas a pagarem por um segurança armado. O valor que pedem é ultrajante – KSH 4 mil shillings, quase US$ 50 dólares. Não parece muito em dólar, mas é um abuso na moeda local.
Guarda tentando pedir um suborno ao nosso guia |
A montanha é composta de sete picos e leva aproximadamente 05 horas para atingir o final. Porém, no meio do pico há uma floresta e dizem que lá podem ocorrer assaltos. Há muitas vilas ao redor da montanha e alguns moradores da região podem tentar atacar os turistas. Por isso recomendam um guia do parque.
Tipo de camaleão existente no meio da floresta |
De qualquer forma, pagamos muito menos por um guia da tribo Maasai (KSH 1,500.00 shillings, equivalente a aprox US$ 18 dólares), uma vez que ele conhece a montanha e está acostumado a levar seus animais para pastar no local. Caso você venha ao Quênia e tenha interesse em conhecer Ngong Hills, o nome do nosso guia é Peter e seu celular é 0711-703-484.
Não vale a pena pagar os guardas, eles são extremamente corruptos e todos dizem que caso um turista se recuse a pagá-los como segurança, eles próprios avisam os moradores da vila para nos atacarem. É realmente frustrante e até mesmo desapontante saber de algo assim. Portanto, não colabore com a corrupção africana, mas vá em grandes grupos e nunca vá somente em mulheres!
Fizemos 04 picos em 02 horas, porém, paramos no meio caminho para descansar. Acabamos encontrando um grupo de 20 estudantes, de uma das maiores e melhores universidades de Nairobi. Foram extremamente gentis e amigáveis. Nos deram inclusivem sanduíches e refrigerante. Depois dessa parada, não contamos o tempo, então não sei dizer por quantas horas caminhamos no total.
Grupo de estudantes quenianos |
A vista de cada pico é muito bonita e de algumas partes também é possível ver o Great Rift Valley, maior vale do mundo, começando em Israel e terminando em Moçambique.
Vista do Great Rift Valley, de Ngong Hills |
Logo no começo da montanha, há uma empresa de captação e transformação de vento em energia elétrica e de onde é possível ver e escutar as enormes turbinas eólicas funcionando.
Turbinas eólicas no topo de Ngong Hills |
No meio do caminho há alguns Maasais vendendo as bijuterias que eles próprios fazem, normalmente com miçangas. E outros pastoreando seus animais. Portanto, no meio da trilha cruzamos com diversas cabras e vacas. Nairobi é uma das cidades mais poluídas que já visitei. Foi bom ver um pouco de verde, céu azul e respirar ar puro!
Pôr do sol, em meio a muitas cabras, ao final da caminhada |
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