A pequena cidade de Bir, ao Norte da Índia e há 80 km de Dharamsala, será o último local onde eu e minha irmã trabalharemos como voluntárias. Cercada pelos Himalaias, Bir é também um refúgio de tibetanos que fugiram do Tibet quando o país foi tomado de forma trágica pela China, em 1951, e também para acompanhar o Dalai Lama, que foi muito bem recebido pela Índia.
O que mais me chamou a atenção é que por toda a cidade há milhares de bandeirinhas coloridas. De acordo com o Dawa, coordenador dos voluntários, elas trazem sorte e proteção às casas tibetanas.
Bandeirinhas tibetanas na laje da nossa casa para trazer sorte e proteção |
Pacata e com apenas uma rua principal, chegamos em uma época bem movimentada, pois Bir também é um dos melhores lugares do mundo para a prática de paragliding. Justamente essa semana está acontecendo uma competição e a cidade está cheia de esportistas do mundo inteiro. Turistas também podem saltar com um instrutor, pela bagatela de INR 3,000.00 rúpias (US$ 60 dólares).
Paragliding em Bir |
Área de pouso dos paragliders |
Nossa família tibetana
Bem como na África do Sul moramos com sulafricanos, no Quênia com quenianos e em Delhi com indianos, em Bir moraremos com uma família tibetana. Na casa moram o Dawa, coordenador dos voluntários, sua irmã Yeshe e o pai deles. A mãe faleceu recentemente e eles ainda têm mais três irmãos morando em outros países. Yeshe cuida dos voluntários como se fossem seus filhos. É ela quem cozinha deliciosas refeições e quem nos levou em nosso local de trabalho no nosso primeiro dia.
Yeshe, eu e Dawa |
A casa é enorme. Com três andares e 12 quartos, mais parece um hotel, mas é bem aconchegante. O pai do Dawa a construiu grande desse jeito para poder receber sua família que ainda mora no Tibet, caso também quisessem fugir do domínio chinês. Há aproximadamente 60 anos ele fugiu do Tibet e caminhou por dois meses até cruzar a borda com a Índia.
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