Quem vai a Mumbai, não pode
deixar de visitar Elephanta Island,
uma ilha composta por sete cavernas impressionantes, onde templos foram
escavados principalmente com estátuas de Shiva, entre os anos de 450 e 750 D.C..
Em 1987 se tornaram merecidamente patrimônio mundial reconhecido pela UNESCO.
A ilha fica há 10 km da cidade
e para chegar lá é necessário pegar um ferry. Os barcos partem do Gateway of India a cada meia hora. A viagem dura pouco mais de uma hora e custa
Rs 130 rúpias (US$ 2,60 dólares).
Vista do barco, ao deixar o Gateway of India |
A entrada para as cavernas
custa Rs 250 rúpias (US$ 5 dólares) e há um serviço de guia gratuito. Como
sempre, eu prefiro ter a liberdade de caminhar sozinha e me informar através do
Lonely Planet ou pela internet sobre
o lado histórico dos locais.
As cavernas são facilmente
localizadas através de placas. Para chegar até elas, há uma longa escadaria
abarrotada de barracas vendendo souvenirs,
comércio este que colabora com a economia da pequena ilha, que conta com
aproximadamente 1200 habitantes. Apenas um dia é suficiente para visitar as
cavernas e não há acomodações no local.
Na ilha também há restaurantes,
não sendo necessário levar comida, se assim preferir. Se levar, cuidado com os
milhares de macacos que não perdem a oportunidade de roubar dos turistas o que
quer que eles estejam comendo.
Macaco tomando sorvete |
Inicialmente a ilha era chamada
de Gharapuri, que significa justamente
Cidade das Cavernas. Com a invasão dos portugueses, em 1534, foi nomeada Elephanta Island, uma vez que, quando
ali chegaram, havia uma estátua de um elefante perto do vilarejo.
Na tentativa de levá-la para
Portugal, acabaram jogando-a no mar, uma vez que suas embarcações não eram
fortes o suficiente para transportá-la. Atualmente a estátua se encontra no
jardim do Bhau Daji Lad Museum (também conhecido como Victoria & Albert
Museum).
Estátua do elefante que pertencia à Elephanta Island, no jardim do Bhau Daji Lad Museum |
A caverna principal, conhecida
como Great Cave (Grande Caverna) ou Shiva Cave (Caverna do Shiva) é a maior
e também a mais impressionante de todas. Pilares enormes sustentam sua entrada
e seu interior.
Great Cave ou Shiva Cave, a maior e mais importante caverna de Elephanta Island |
No interior da Great Cave ou Shiva Cave |
Em todas as suas paredes há
estátuas de Shiva, cada uma representando uma história diferente. A escultura
mais importante de todas se chama Trimurti,
imagem composta por três cabeças, que são os principais deuses do hinduísmo: Brahma - o Deus Criador, Vishnu – o Deus Conservador (preservador
do universo) e Shiva – o Deus
Destruidor ou Transformador. Observando que na tradição hindu, Shiva destrói
para reconstruir, renovar, transformar.
Trimurti, escultura com as cabeças dos três principais deuses do hinduísmo |
Entre todas as esculturas, a
minha preferida é a chamada Gangadhara,
com aproximadamente cinco metros de altura, e que representa Shiva e sua esposa
Parvarti nas nuvens, rodeados por outras divindades, “regando-os” com flores.
Eu e minha irmã em frente à escultura Gangadhara |
As outras cavernas parecem
inacabadas e estão ainda mais corroídas pelo tempo, mas valem completamente a
visita. Mesmo desgastadas, isso lhes confere ainda mais charme.
Mais uma das cavernas de Elephanta Island |
Café Mondegar
Depois de um presente histórico
como este, eu e minha irmã fomos comemorar a noite de Natal no Café Mondegar,
um bar e restaurante badaladíssimo de Mumbai, onde indianos e turistas disputam
por uma mesa no grito, logo na tão lotada entrada. O local é alegre, colorido e
jovial. Além de servirem pratos deliciosos, é um dos poucos que servem bebida
alcoólica. Recomendo!
Minha irmã segurando o presente que dei a ela no Natal, no Café Mondegar |
Passar o Natal na Índia foi uma experiência de grande desprendimento. Por mais que os indianos celebrem o Natal, esta não é uma de suas datas mais importantes. Vê-se poucas luzes e decorações pelas ruas, o trânsito não se torna caótico e as lojas não ficam lotadas. Não vi sequer, um papai noel!
Diferente dos Natais do Brasil, onde as pessoas ficam enlouquecidas para comprar presentes, gerando um consumismo desenfreado e o esquecimento do real motivo da comemoração desta data, os indianos agem como se fosse um dia como outro qualquer e à noite, celebram com a típica ceia de jantar. Devo confessar que foi ótimo não passar pelo estresse de SP nesta época.
A propósito...HO HO HO para todos vocês! :-D
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