Após descansar por uma semana
nas belas praias de Goa, pegamos um ônibus a caminho da agitada Mumbai, capital
do estado de Maharashtra. A viagem durou 12 horas e a passagem custou Rs 1,000.00 rúpias cada (US$ 20 dólares).
Mumbai, também conhecida como
Bombay, é a cidade mais cara e mais rica da Índia. É também a mais populosa,
com aproximadamente 20 milhões de habitantes e considerada a quarta maior
cidade do mundo.
Como uma grande metrópole,
Mumbai é também a cidade do entretenimento, com excelentes restaurantes, lojas
de grife e de decoração, bares e casas noturnas. Além disso, comanda a
indústria de cinema Bollywood. Para
as estrangeiras, é possível até mesmo fazer umas aulas de dança particulares e
participar como figurante nos famosos musicais indianos.
O bairro mais agitado de Mumbai
é Colaba e também o mais caro. O atrativo da região é o mercado de rua da
Colaba Causeway, onde é possível encontrar todos os tipos de produtos indianos.
Como sempre, esteja mais do que preparada (o) para barganhar!
Arquitetura colonial
Em minha opinião, o diferencial
da cidade está em sua arquitetura colonial da época do Império Britânico. As
construções são belíssimas e impressionantes. No guia Lonely Planet, existe um roteiro que é possível fazer a pé, para
ver os principais marcos da cidade.
Eu e minha irmã não nos damos
muito bem com mapas (como qualquer mulher rs) e os indianos parecem não
conhecer muito bem seus patrimônios para dar informações nas ruas. Enfim, após
nos perdermos várias vezes, acabamos vendo tudo.
Começamos pelo Gateway of India, considerado um dos
monumentos mais importantes de Mumbai. Apesar de conhecer apenas por fotos, é muito
similar ao Arc de Triomphe, em Paris.
Sua construção teve início em 1911, para comemorar a visita do Rei George V à
cidade, tendo sido inaugurado somente em 1924. Naquela época, simbolizava poder
e grandeza. Hoje é uma lembrança monumental do domínio dos britânicos sobre os
indianos.
Gateway of India |
Em frente ao Gateway of India,
é impossível não notar a suntuosa arquitetura do hotel Taj Mahal Palace. Inaugurado em 1903, já recebeu convidados
notáveis, desde presidentes como Barack Obama e Bill Clinton, artistas como
Angelina Jolie e Brad Pitt, até cantores de rock como Mick Jagger e os
integrantes do The Beatles.
As diárias começam em US$ 400
dólares, mas se preferir a suíte presidencial, pagará em torno de US$ 4 mil dólares.
Não fique constrangido de dar uma voltinha por dentro do hotel, onde há
restaurantes com preços acessíveis (a partir de Rs 1,000.00 rúpias/US$ 20
dólares) e lojas de grife.
Em 2008 o hotel sofreu um
ataque terrorista, que destruiu parcialmente o edifício e matou 163 pessoas,
tendo sido reinaugurado em 2010.
Taj Mahal Palace de frente para o Apollo Bunder Harbour |
Em seguida visitamos a St. Thomas Cathedral, que a meu ver,
não merece nem uma foto. Trata-se de uma igreja simples, por fora e por dentro.
Foi inclusa no roteiro por ter sido a primeira igreja britânica de Mumbai,
construída em 1718.
Ainda dentro do roteiro de
igrejas, seguimos para a Keneseth
Eliyahoo Synagogue, pouco mais interessante que a igreja acima. Foi difícil
encontrá-la. A sinagora fica escondida na esquina de uma rua estreita e só a
localizei devido à sua cor azul super chamativa.
O prédio está extremamente
deteriorado por fora. Mas não é por menos, afinal foi construída em 1884. De
qualquer forma, por dentro é bem charmosa. Não se assuste com os guardas
armados no local. Estão lá para evitar conflitos religiosos. Não paga nada para
entrar, mas é necessário pagar Rs 100 rúpias (US$ 2 dólares) se quiser tirar
fotos.
O meu edifício histórico
preferido é definitivamente o Chhatrapati Shivaji Terminus, mais conhecido como
Victoria Terminus, terminal de trem
onde foram gravadas várias cenas do filme Quem Quer Ser um Milionário.
Finalizado em 1884, atualmente
é a estação de trem mais movimentada da Ásia. Sua arquitetura gótica é
deslumbrante e chama a atenção de qualquer um que passa por ali. Não é por
menos que se tornou um patrimônio mundial reconhecido pela UNESCO em 2004.
Victoria Terminus |
Não deixe de dar uma olhadinha
também na High Court, outra
construção gótica de 1848. É permitido entrar no tribunal superior para
admirá-lo por dentro. Mas devido ao grande movimento, preferi apenas passar em
frente.
Há também o museu Chhatrapati
Shivaji Maharaj Vastu Sangrahalaya, mais facilmente chamado de Prince of Wales Museum. Me contentei em
admirar a maravilhosa arquitetura só por fora, pois estava acontecendo uma
exposição de múmias, sarcófagos e estátuas do Egito, que eu já havia visto no Brasil.
De qualquer forma, a entrada custa Rs 300 rúpias (US$ 6 dólares) e se quiser
tirar fotos, adicionar mais Rs 200 rúpias (US$ 4 dólares).
E por fim, outra arquitetura
que chama a atenção é a da University of
Mumbai, uma das universidades mais antigas da Índia, construída em 1857.
Está entre as três melhores do país. No
entanto, não é permitido visitá-la por dentro. Talvez porque estivessem em
época de férias, não sei dizer ao certo.
À noite jantamos no
agitadíssimo Leopold’s Café, um
boteco existente desde 1871, com comidas deliciosas, mas que se tornou famoso
devido ao também famoso livro Shantaram. Inspirado
na própria vida do autor, que fugiu de uma prisão de segurança máxima na
Austrália para morar nas favelas da Índia, o restaurante é mencionado no livro como
um de seus favoritos. Chegue cedo, pois sempre há enormes filas de espera.
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