segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Elephanta Island, templos esculpidos em cavernas

Quem vai a Mumbai, não pode deixar de visitar Elephanta Island, uma ilha composta por sete cavernas impressionantes, onde templos foram escavados principalmente com estátuas de Shiva, entre os anos de 450 e 750 D.C.. Em 1987 se tornaram merecidamente patrimônio mundial reconhecido pela UNESCO.

A ilha fica há 10 km da cidade e para chegar lá é necessário pegar um ferry. Os barcos partem do Gateway of India a cada meia hora.  A viagem dura pouco mais de uma hora e custa Rs 130 rúpias (US$ 2,60 dólares).

Vista do barco, ao deixar o Gateway of India
A entrada para as cavernas custa Rs 250 rúpias (US$ 5 dólares) e há um serviço de guia gratuito. Como sempre, eu prefiro ter a liberdade de caminhar sozinha e me informar através do Lonely Planet ou pela internet sobre o lado histórico dos locais.

As cavernas são facilmente localizadas através de placas. Para chegar até elas, há uma longa escadaria abarrotada de barracas vendendo souvenirs, comércio este que colabora com a economia da pequena ilha, que conta com aproximadamente 1200 habitantes. Apenas um dia é suficiente para visitar as cavernas e não há acomodações no local.

Na ilha também há restaurantes, não sendo necessário levar comida, se assim preferir. Se levar, cuidado com os milhares de macacos que não perdem a oportunidade de roubar dos turistas o que quer que eles estejam comendo.

Macaco tomando sorvete
Inicialmente a ilha era chamada de Gharapuri, que significa justamente Cidade das Cavernas. Com a invasão dos portugueses, em 1534, foi nomeada Elephanta Island, uma vez que, quando ali chegaram, havia uma estátua de um elefante perto do vilarejo.

Na tentativa de levá-la para Portugal, acabaram jogando-a no mar, uma vez que suas embarcações não eram fortes o suficiente para transportá-la. Atualmente a estátua se encontra no jardim do Bhau Daji Lad Museum (também conhecido como Victoria & Albert Museum).

Estátua do elefante que pertencia à Elephanta Island, no jardim do Bhau Daji Lad Museum
A caverna principal, conhecida como Great Cave (Grande Caverna) ou Shiva Cave (Caverna do Shiva) é a maior e também a mais impressionante de todas. Pilares enormes sustentam sua entrada e seu interior.

Great Cave ou Shiva Cave, a maior e mais importante caverna de Elephanta Island
No interior da Great Cave ou Shiva Cave
Em todas as suas paredes há estátuas de Shiva, cada uma representando uma história diferente. A escultura mais importante de todas se chama Trimurti, imagem composta por três cabeças, que são os principais deuses do hinduísmo: Brahma - o Deus Criador, Vishnu – o Deus Conservador (preservador do universo) e Shiva – o Deus Destruidor ou Transformador. Observando que na tradição hindu, Shiva destrói para reconstruir, renovar, transformar.

Trimurti, escultura com as cabeças dos três principais deuses do hinduísmo
Entre todas as esculturas, a minha preferida é a chamada Gangadhara, com aproximadamente cinco metros de altura, e que representa Shiva e sua esposa Parvarti nas nuvens, rodeados por outras divindades, “regando-os” com flores.

Eu e minha irmã em frente à escultura Gangadhara
As outras cavernas parecem inacabadas e estão ainda mais corroídas pelo tempo, mas valem completamente a visita. Mesmo desgastadas, isso lhes confere ainda mais charme.

Mais uma das cavernas de Elephanta Island
Café Mondegar

Depois de um presente histórico como este, eu e minha irmã fomos comemorar a noite de Natal no Café Mondegar, um bar e restaurante badaladíssimo de Mumbai, onde indianos e turistas disputam por uma mesa no grito, logo na tão lotada entrada. O local é alegre, colorido e jovial. Além de servirem pratos deliciosos, é um dos poucos que servem bebida alcoólica. Recomendo!

Minha irmã segurando o presente que dei a ela no Natal, no Café Mondegar
Passar o Natal na Índia foi uma experiência de grande desprendimento. Por mais que os indianos celebrem o Natal, esta não é uma de suas datas mais importantes. Vê-se poucas luzes e decorações pelas ruas, o trânsito não se torna caótico e as lojas não ficam lotadas. Não vi sequer, um papai noel! 

Diferente dos Natais do Brasil, onde as pessoas ficam enlouquecidas para comprar presentes, gerando um consumismo desenfreado e o esquecimento do real motivo da comemoração desta data, os indianos agem como se fosse um dia como outro qualquer e à noite, celebram com a típica ceia de jantar. Devo confessar que foi ótimo não passar pelo estresse de SP nesta época.

A propósito...HO HO HO para todos vocês! :-D





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