domingo, 23 de dezembro de 2012

Mumbai, a cidade mais rica da Índia

Após descansar por uma semana nas belas praias de Goa, pegamos um ônibus a caminho da agitada Mumbai, capital do estado de Maharashtra. A viagem durou 12 horas e a passagem custou Rs 1,000.00 rúpias cada (US$ 20 dólares).

Mumbai, também conhecida como Bombay, é a cidade mais cara e mais rica da Índia. É também a mais populosa, com aproximadamente 20 milhões de habitantes e considerada a quarta maior cidade do mundo.

Como uma grande metrópole, Mumbai é também a cidade do entretenimento, com excelentes restaurantes, lojas de grife e de decoração, bares e casas noturnas. Além disso, comanda a indústria de cinema Bollywood. Para as estrangeiras, é possível até mesmo fazer umas aulas de dança particulares e participar como figurante nos famosos musicais indianos.

O bairro mais agitado de Mumbai é Colaba e também o mais caro. O atrativo da região é o mercado de rua da Colaba Causeway, onde é possível encontrar todos os tipos de produtos indianos. Como sempre, esteja mais do que preparada (o) para barganhar!

Arquitetura colonial

Em minha opinião, o diferencial da cidade está em sua arquitetura colonial da época do Império Britânico. As construções são belíssimas e impressionantes. No guia Lonely Planet, existe um roteiro que é possível fazer a pé, para ver os principais marcos da cidade.

Eu e minha irmã não nos damos muito bem com mapas (como qualquer mulher rs) e os indianos parecem não conhecer muito bem seus patrimônios para dar informações nas ruas. Enfim, após nos perdermos várias vezes, acabamos vendo tudo.

Começamos pelo Gateway of India, considerado um dos monumentos mais importantes de Mumbai. Apesar de conhecer apenas por fotos, é muito similar ao Arc de Triomphe, em Paris. Sua construção teve início em 1911, para comemorar a visita do Rei George V à cidade, tendo sido inaugurado somente em 1924. Naquela época, simbolizava poder e grandeza. Hoje é uma lembrança monumental do domínio dos britânicos sobre os indianos.

Gateway of India
Em frente ao Gateway of India, é impossível não notar a suntuosa arquitetura do hotel Taj Mahal Palace. Inaugurado em 1903, já recebeu convidados notáveis, desde presidentes como Barack Obama e Bill Clinton, artistas como Angelina Jolie e Brad Pitt, até cantores de rock como Mick Jagger e os integrantes do The Beatles.

As diárias começam em US$ 400 dólares, mas se preferir a suíte presidencial, pagará em torno de US$ 4 mil dólares. Não fique constrangido de dar uma voltinha por dentro do hotel, onde há restaurantes com preços acessíveis (a partir de Rs 1,000.00 rúpias/US$ 20 dólares) e lojas de grife.

Em 2008 o hotel sofreu um ataque terrorista, que destruiu parcialmente o edifício e matou 163 pessoas, tendo sido reinaugurado em 2010.

Taj Mahal Palace de frente para o Apollo Bunder Harbour
Em seguida visitamos a St. Thomas Cathedral, que a meu ver, não merece nem uma foto. Trata-se de uma igreja simples, por fora e por dentro. Foi inclusa no roteiro por ter sido a primeira igreja britânica de Mumbai, construída em 1718.

Ainda dentro do roteiro de igrejas, seguimos para a Keneseth Eliyahoo Synagogue, pouco mais interessante que a igreja acima. Foi difícil encontrá-la. A sinagora fica escondida na esquina de uma rua estreita e só a localizei devido à sua cor azul super chamativa.

O prédio está extremamente deteriorado por fora. Mas não é por menos, afinal foi construída em 1884. De qualquer forma, por dentro é bem charmosa. Não se assuste com os guardas armados no local. Estão lá para evitar conflitos religiosos. Não paga nada para entrar, mas é necessário pagar Rs 100 rúpias (US$ 2 dólares) se quiser tirar fotos.

O meu edifício histórico preferido é definitivamente o Chhatrapati Shivaji Terminus, mais conhecido como Victoria Terminus, terminal de trem onde foram gravadas várias cenas do filme Quem Quer Ser um Milionário.

Finalizado em 1884, atualmente é a estação de trem mais movimentada da Ásia. Sua arquitetura gótica é deslumbrante e chama a atenção de qualquer um que passa por ali. Não é por menos que se tornou um patrimônio mundial reconhecido pela UNESCO em 2004.

Victoria Terminus
Não deixe de dar uma olhadinha também na High Court, outra construção gótica de 1848. É permitido entrar no tribunal superior para admirá-lo por dentro. Mas devido ao grande movimento, preferi apenas passar em frente.

Há também o museu Chhatrapati Shivaji Maharaj Vastu Sangrahalaya, mais facilmente chamado de Prince of Wales Museum. Me contentei em admirar a maravilhosa arquitetura só por fora, pois estava acontecendo uma exposição de múmias, sarcófagos e estátuas do Egito, que eu já havia visto no Brasil. De qualquer forma, a entrada custa Rs 300 rúpias (US$ 6 dólares) e se quiser tirar fotos, adicionar mais Rs 200 rúpias (US$ 4 dólares).

E por fim, outra arquitetura que chama a atenção é a da University of Mumbai, uma das universidades mais antigas da Índia, construída em 1857. Está entre as três melhores do país.  No entanto, não é permitido visitá-la por dentro. Talvez porque estivessem em época de férias, não sei dizer ao certo.

À noite jantamos no agitadíssimo Leopold’s Café, um boteco existente desde 1871, com comidas deliciosas, mas que se tornou famoso devido ao também famoso livro Shantaram. Inspirado na própria vida do autor, que fugiu de uma prisão de segurança máxima na Austrália para morar nas favelas da Índia, o restaurante é mencionado no livro como um de seus favoritos. Chegue cedo, pois sempre há enormes filas de espera.




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